Um do outro distantes, somos apenas
lembranças que a memória confunde
Próximos, no entanto, sempre estaremos
enquanto vibrar o amor que nos une.
Não importa que o fado, nesta vida,
nos seja desfavorável e, severo,
impeça as trocas de um afeto
que vem de longe e é sem medida.
Pois, etéreo, o amor tende ao infinito,
livre de amarras, torna-se eterno,
forma indefinida, vira desejo e sonho.
O amor, incompleto na realidade vivida,
paira acima das atribulações do mundo
como um estender-se sereno e profundo.
In memoriam de Bruno L.
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