Sob a luz
Tenho cultivado um jardim
de mágoas e ressentimentos.
São muitas as flores,
mas tristes, sem viço.
Não atraem pássaros,
raios de sol, ventos amenos,
só amargura, vitimação,
sombria solitude.
É hora de mudar,
de plantar otimismos.
Tenho cultivado um jardim
de mágoas e ressentimentos.
São muitas as flores,
mas tristes, sem viço.
Não atraem pássaros,
raios de sol, ventos amenos,
só amargura, vitimação,
sombria solitude.
É hora de mudar,
de plantar otimismos.
Poço sem fundo,
mesmo assim
o afogamento
é impossível.
As profundezas
da mágoa
encobrem a dor
apenas por instantes,
pois tão logo mergulha,
flutua de volta,
como uma rolha.