São Paulo, 13 de abril de 2020
Por Jorge Jubrail
Confinados e livres
De repente, todos confinados. Uma ironia porque, presos em nossas casas, estamos tendo a possibilidade de nos libertar, de repensar nossas vidas para quebrar velhos paradigmas, criados há décadas, talvez séculos, que regram nosso pensar e nossas atitudes, conforme as necessidades dos sistemas criados por nós mesmos.
Confinados, estamos podendo nos reconhecer e abandonar a personificação em que muitas vezes nos transformamos para sermos aceitos na escola, no trabalho ou em qualquer círculo social que exija algum padrão de comportamento. Estamos tendo a oportunidade de buscar no nosso íntimo a consciência de indivíduo ímpar e de reacender a centelha divina que nos une aos demais irmãos e ao Universo.
Definitivamente, estamos saindo da autoestrada criada pelo sistema e pegando uma rota alternativa só nossa, em que poderemos apreciar as flores, ouvir o canto dos pássaros e sentir toda a energia do Universo. Claro que estamos vivendo sob o medo de um vírus invisível e muito real, mas precisamos ter coragem para enfrentar o problema, sem pânico. Coragem não é a ausência do medo, é o controle dele, é dominar o que tememos para seguir a vida de forma natural, ainda que em tempos de adversidades.
Nada será como antes. Doravante, mais conscientes do que somos e de nossa missão, seremos mais fraternos e solidários; estamos aqui para isso, não apenas para acumular posses e poder. Estamos de passagem na Terra para aprender e trocar experiências. Ainda que distantes, aproveitemos a oportunidade para nos aproximar das pessoas queridas, seja pelas redes sociais, telefonemas, mensagens eletrônicas e sinal de fumaça; façamos a nossa parte.
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