Londrina, 3 de abril de 2020
Por João Augusto Barbosa
Por um instante
Por um instante, as pessoas olham-se no espelho e ficam com medo de si mesmas. Por um instante, todos estão surpresos por ficar ao lado de quem amam. Por um instante, o mundo para e somos obrigados a sair da zona de conforto. Por um instante, percebemos que o que achávamos importante talvez não seja tão importante assim.
Por um instante, estamos presos uns aos outros como se fôssemos grudes. Por um instante, dá uma vontade de abraçar, beijar um amigo, uma amiga, mas é o isolamento que dita as normas. Por um instante, nossa liberdade de ir e vir está confinada ao quarto e sala…
Por um instante, ficamos perplexos com a capacidade de solidariedade do ser humano. Por um instante, estamos na mesma vala, sejamos pobres, ricos, pretos, brancos, felizes ou infelizes, e não sabemos lidar com o silêncio.
Por um instante, olhamos o céu e tudo o que pedimos é que a vida seja preservada. Por um instante, todos os corações dos homens vibram na mesma direção. Por um instante, percebemos quão frágeis e indefesos nós somos.
Por um instante, o planeta respira melhor, a natureza sorri e os animais não são infectados. Por um instante, o amor e a mansidão se fazem presentes em nossos pensamentos. Por um instante, vamos aproveitar para refletir e agradecer pela oportunidade desta existência.
Por um instante, vamos cultivar a amizade desinteresseira, ainda que isso seja custoso para nosso ego. Por um instante, vamos tentar ficar felizes com aquilo que somos e não com aquilo que temos. Por um instante, vamos nos esforçar mais em busca da verdadeira felicidade. Por um instante, como disse há muito tempo uma pessoa muito conhecida, vamos amar o próximo como a nós mesmos!
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