Filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão, Santo Agostinho (354-430), conhecido também como Agostinho de Hipona, nasceu em Tagaste, na Numídia (hoje, Argélia), norte da África, região então dominada pelo Império Romano.
Sempre inquieto sobre o sentido do viver, buscou respostas inicialmente no maniqueísmo, doutrina ensinada pelo profeta persa Mani, que misturava Evangelho, ocultismo e astrologia. Sem encontrar o que procurava, passou por um período de profundo ceticismo até conhecer Ambrósio (Santo Ambrósio), na época um poderoso bispo do Império.
Converteu-se, então, ao Cristianismo e retornou à sua cidade natal, em 388. Ali, separou uma porção de terra da propriedade que recebera de herança do pai para fundar um mosteiro e vendeu o restante, distribuindo o dinheiro obtido entre os pobres. Em 396, foi sagrado bispo auxiliar em Hipona, região provinciana do Império Romano, firmando-se, a partir daí, como um dos pilares da teologia católica.
Entre 397 e 398, Agostinho escreveu sua obra mais conhecida, “Confissões”, revelando os caminhos da fé em meio às angústias do mundo. Suas ideias e reflexões, baseadas na compreensão de que a vida interior do homem é o espaço essencial para a construção de sua identidade, exercem até hoje grande influência. Para ele, “a verdade e Deus devem ser buscados na alma, e não no mundo exterior”.
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