Poema e ilustração da designer e artista plástica Denise de Camargo…
Às vezes poeira, às vezes caixão.
Ambos feitos de um material instável – ou estável –
de acordo com a pureza da cosmovisão.
Alado – ou arado – era mais do que um punhado:
de estrelas, alegrias ou qualquer religião.
Adorava seguir por entre os vales – ou valas –
da finita e ambígua rebimboca da parafuseta
destrambelhada em difusa precisão.
Comia por alto, bebia nos cactos, mas rugia,
vivia e mentia nas beiradas de um escopo azul.
Rudimentar, talvez. Espacial, sem vez.
De olho aberto, ruptura assim. Elementar – saudável –
ou quem sabe uma parte daquilo que vazava em mim.
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