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A correria da vida moderna, o avanço tecnológico que vivenciamos atualmente, a luta cada vez mais acirrada pela sobrevivência e a manutenção, a qualquer preço, de um status quo de nível elevado são alguns dos fatores a provocar um choque entre as gerações, talvez mais perceptível no âmbito do trabalho.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores do IESE – Escola de Administração de Empresas da Universidade de Navarra, na Espanha, e publicado na edição de setembro/outubro de 2008 da HSM Management, quatro gerações convivem no mercado de trabalho atual: “Tradicionais” (os nascidos até 1950); “Baby-boomers” (os nascidos entre 1951 e 1964); “Geração X” (os nascidos entre 1965 e 1983) e “Geração Y” (os nascidos a partir de 1984).

Os representantes de cada geração compartilham um conjunto de vivências históricas, que determina os valores comuns e sua visão de mundo, revelada por aspirações e comprometimentos diferentes em relação ao que esperar da vida, hoje e no futuro. O ponto comum é que todas se ressentem do “choque cibernético”. Contudo, são as gerações X e Y as mais afetadas diretamente.

O passado não existe

Enquanto a geração X acompanhou, de forma gradual, e mesmo influenciou ou foi responsável pelo avanço tecnológico que conhecemos hoje, os integrantes da geração Y nasceram em um mundo no qual toda essa tecnologia parece ter sempre existido e, em função disso, o passado, onde tudo precisou ser conquistado passo a passo, não faz muito sentido, de acordo com sua perspectiva.

Para surpresa dos integrantes da geração X, as mudanças e os avanços que vivenciaram, acrescidos de um histórico de rupturas e conflitos sociais, como a queda do Muro de Berlim, o movimento hippie, o aparecimento da AIDS, entre muitos outros, ficaram ultrapassados em menos de 10 anos e não são reconhecidos pela geração Y, que os considera apenas, de forma abrangente, uma “antiguidade” a mais.

A geração Y caracteriza-se, assim, como uma geração do curto prazo, do imediatismo, e também “da internet”, acostumada à diversidade, à variedade e às tecnologias que mudam de forma contínua e vertiginosa. São jovens com acesso à informação como nunca se viu e que tiveram, por conta da visão de mundo e, muitas vezes, do sacrifício pessoal dos pais, uma educação esmerada, que lhes possibilitou ampla gama de opções profissionais.

Proteção e conforto

Trata-se, igualmente, de uma geração “protegida”, uma vez que a questão da segurança, em todos os níveis, tem sido uma das grandes preocupações da geração X. Tendem, por isso, como explicita o estudo, a ser alegres, seguros de si e cheios de energia, e a ficar, por muito mais tempo, em função do bem-estar social e econômico a que foram acostumados, dependentes da família. É uma geração que esbanja certezas. Não reivindica, mas executa a partir de suas decisões, blogs e twitters. Não polemiza ou pede autorização, apenas age.

No mercado de trabalho, como demonstram os pesquisadores do IESE, os interesses de ambas as gerações são muito diferentes. Enquanto para a geração X, além de uma forma de sobreviver economicamente, o trabalho deve ser fonte de satisfação e de desenvolvimento pessoal, para o jovem universitário da geração Y o importante é vincular seu salário à conquista dos objetivos que traçou para si mesmo e que podem não estar circunscritos a um emprego. Seguros de sua capacidade de realização, procuram conciliar, sem perder qualidade de vida, os interesses pessoais com os profissionais.

Os representantes da geração Y revelam iniciativa e capacidade de resolver problemas. Sua pergunta natural diante de um desafio costuma ser: “Por que não?”. Vão bem em ambientes criativos e reivindicam, por serem mais individualistas que os das gerações anteriores, autonomia em suas opiniões e atuações. Preocupam-se, igualmente, com o social, verificando o que aquele trabalho ou aquela empresa oferece de benefício efetivo para a sociedade. É uma geração de resultados, não de processos, como a anterior.

Pontos de interrogação

O estudo do IESE focaliza a preocupação dos empregadores em atrair e manter esses jovens Y, realçando que “não é fácil despertar neles um sentido de fidelidade à empresa ‘para a vida toda’ ”, mas que, em contrapartida, podem oferecer às empresas “alto nível de formação; iniciativa e criatividade, além de resultados”.

Em certa medida, como finaliza o estudo, a geração Y roubou os sonhos da geração X e a destronou antes que houvesse tempo para uma reação, deixando algumas perguntas no rastro do conflito. Que traços marcarão os integrantes da geração seguinte? Como a geração Yvai reagir se a próxima geração, que poderia ser chamada de Z, desbancá-la antes do tempo, como ela fez com a geração X?

Prefiro concluir com uma reflexão mais filosófica, acreditando que, seja no âmbito familiar ou do trabalho, as gerações X e Y vão encontrar um modo de conviver pacificamente. Para isso, é preciso aceitar as diferenças e, talvez, até mesmo, no caso da geração X, repensar seus valores, uma vez que as concepções de vida da geração Y são fruto direto da educação recebida de seus pais. A orientação da geração X, nesse sentido, foi a de oferecer aos filhos um mundo melhor, em que a preocupação social e a realização pessoal, independentemente de um vínculo de emprego, fossem suas principais características. Ao que tudo indica, alcançaram seus objetivos.

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