Eu tinha 12; você, 16.
Éramos crianças,
adolescentes,
ingênuos.
Mãos dadas, nenhum beijo,
só o entusiasmo da primeira paixão.
Separamo-nos não me lembro como,
nem a razão. Sei que segui viagem,
por difíceis atalhos, e que você guardou,
numa pequena arca, em lugar bem oculto
do seu coração, o amor
que não havia germinado.
Depois de muita dor e solidão
pelos caminhos e descaminhos da vida,
voltamos a nos encontrar,
movidos por intangíveis e misteriosas
lembranças. Abrimos juntos seu tesouro,
tão bem cuidado por 33 anos,
e descobrimos, emocionados,
que havia nascido uma flor.
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