Todos nós temos um jeito de ser, composto por um conjunto de características e particularidades, que nos fazem únicos, e definem tanto nossa aparência física quanto a forma como nos relacionamos com o mundo.
Esse jeito de ser reflete, entre outras peculiaridades, nosso comportamento e atitudes em relação a nós mesmos e aos outros; e nosso modo de ver e de entender a vida.
Na expressão de ideias e sentimentos por escrito, essa maneira particular, única, de compreender a vida e de vivê-la transparece tanto no conteúdo, quanto na forma.
No conteúdo, revela-se especialmente nos temas que preferimos e no tipo de abordagem que utilizamos para avaliá-los.
Na forma, reflete-se na escolha do vocabulário, no uso da pontuação, na lógica, coerência e clareza do raciocínio, na linguagem preferida (conceitual ou poética), no formato mais usado (verso, artigo, ensaio, crônica, livro etc.), na objetividade, no detalhamento, na fluência, na harmonia etc.
Esse conjunto de especificidades em nossa expressão por escrito formam um estilo – o jeito de ser do escritor transposto para a escrita – e viram nossa marca registrada.
Ter um estilo definido na escrita demonstra domínio das técnicas básicas de redação; segurança no aproveitamento dos recursos da linguagem; e confiança, principalmente na capacidade de transformar ideias e sentimentos particulares em ideias e sentimentos que podem ser compartilhados e, assim, suscitar reflexões, sempre benéficas para todos.
Identificar o próprio estilo e, com isso, nossos pontos fortes e fracos na escrita, requer estudo e observação desapaixonada, primeiramente do nosso jeito de ser na vida e, depois, de como esse jeito de ser se reflete tanto no conteúdo, quanto na forma de nossos textos.
Parece difícil? Então, vamos ver como isso ocorre em uma análise sobre um renomado poeta português, no post Jeito de ser-estilo: um estudo sobre Fernando Pessoa. Não perca!
Comentários em: "Jeito de ser–estilo: como se refletir neste espelho?" (1)
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