Dar a volta ao mundo
viajando com as palavras
que embora em casual harmonia
aqui afloram caóticas
entrar no rodopio
criativamente planejado
de ruas bairros prédios
cujos nomes parecem setas indicativas
de alguma maluca agência de turismo
caminhar pelo jardim Piza
passando pelas ruas
Veneza Florença Gênova
nas quais se chega trafegando
pela avenida Inglaterra
em ordem geográfica incerta
chegar a Paris Toulouse Marselha
tomando fôlego na Milão
para desembarcar em Quebec
e logo a seguir em San Diego
San Isidro San Fernando
todos próximos da Califórnia
e do sempre enigmático Eldorado
descer em frente ao prédio Campos Elíseos
que não dista muito do Monte Carlo
no centro percorrer a Rio Grande do Sul
que logicamente desemboca
na Rio Grande do Norte
enquanto Paraná e Sergipe
fluem paralelas
e no letreiro do ônibus
que deseja de acordo com o horário
Bom Dia Boa Tarde Boa Noite
surpreender-se com o itinerário:
Tóquio
mais um destino impossível possível
nesta cidade globalizada
pelas palavras
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