Em linhas gerais, criatividade é a forma que cada um encontra para solucionar os problemas do dia a dia. Os problemas podem ser mais ou menos complexos, e os recursos, disponíveis para solucioná-los, os mais adequados ou não. A criatividade está, justamente, em utilizar com inventividade esses recursos, de forma a encontrar a melhor solução, naquele momento, para o problema. Estilo MacGyver*, quem se lembra dele?
Assim, criatividade significa, basicamente, nossa capacidade de improvisar, de inventar e de organizar os recursos disponíveis de uma maneira diferente, original, que tenha a nossa marca. Até para fazer um almoço!
Ser criativo não depende de nada externo a nós, mas simplesmente da capacidade de sentir e de pensar, inerente ao ser humano. Portanto, a famosa e desestimulante frase: “Eu não sou criativo”, é apenas um mito.
Como comentou o publicitário Roberto Menna Barreto: “Criatividade é como barba. Você só a terá se deixá-la crescer.” Além de tudo, ser criativo é prazeroso, como confirma Roger von Oech, um especialista no assunto: “Ser criativo é muito gostoso. O pensamento criativo pode ser encarado como o sexo de nossa vida mental.”
Estimulante, não? E estímulo é a palavra certa quando se trata de “despertar” nossa criatividade adormecida ou confinada, por nós mesmos, à solidão.
Quando não estimulamos nossa criatividade, ficamos pobres de ideias e, como bem identificou o filósofo Emile Chartier: “Nada é mais perigoso do que uma ideia, quando ela é a única que você tem.”
“Livre pensar é só pensar.”
Millôr Fernandes
Nossa criatividade precisa ser estimulada constantemente, para estar bem “desperta” quando precisarmos dela. Há várias formas de fazer isso. A principal é desafiar-se cotidianamente.
Desafiar-se a quê?
A olhar as mesmas coisas sob perspectivas diferentes;
A improvisar, sempre que possível;
A formular perguntas sobre o que é considerado líquido e certo;
A formular respostas diferentes para perguntas corriqueiras;
A quebrar rotinas;
A fantasiar sobre a realidade;
A expressar ideias de forma cada vez mais plena;
A inventar novos desafios.
Na expressão de ideias por escrito, criatividade é fundamental. Isso porque escrever é sempre um desafio instigante e os recursos, disponíveis para resolvê-lo, infinitos.
* Conhecida no Brasil como Profissão: Perigo, a série de televisão, cujo título original é MacGyver, nome do protagonista, interpretado por por Richard Dean Anderson, foi exibida entre os anos 1980 e 90. MacGyver era um agente secreto diferente, que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a muita criatividade e engenhosidade, e, claro, ao seu inseparável canivete(as informações são da Wikipédia).
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