Pode ser que nós, envolvidos como estamos em um mundo em rápida transformação, não tenhamos nos dado conta, mas de fato estamos todos interligados. Não mais a informação represada em nichos de poder e, por isso, passível de manipulação. Não mais uma mídia – conglomerados jornalísticos, rádio, tevê… – em destaque, sugerindo o ritmo de “como falar” com os públicos de interesse, de forma massiva ou segmentada. Não mais um interlocutor indistinto, perdido na multidão, absorvendo a “orientação” do que se considera melhor para ele.
Nesse início de um novo século, a internet galvanizou os interesses globais e misturou tudo o que estava separado, fazendo migrar para a rede – como garantia de sobrevivência – a informação segmentada. O interlocutor indistinto ganhou corpo e voz e é dele agora que parte a “orientação” do que absorver em termos de informação. E tudo está, sob sua perspectiva, a um toque de dedo, a um deslizar do mouse, ao seu comando.
Transparência, confiabilidade, conteúdo e consistência são algumas palavras de ordem dessa nova era da comunicação, quando todos falam com todos, de forma dinâmica, interativa e em tempo real. Destacam-se aqueles que utilizam esses recursos com bom senso, qualidade e “espírito” de navegador português do século XV. “O que será que nos espera mais adiante?”, ele diria, com receio do desconhecido, mas também com a curiosidade pelo ainda nunca visto.
“Navegar é preciso…” seria, sem dúvida, sua divisa, que podemos com naturalidade voltar a utilizar, seis séculos depois!
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