Será que um texto pode ser equiparado a um bombom?
Afinal, assim como um bombom, o texto precisa de uma forma (a embalagem ou o formato) e de um conteúdo (o recheio).
É fácil imaginar como seria um bombom atraente e apetitoso.
Mas como seria uma forma igualmente sedutora no caso de um texto?
Com certeza, a correção gramatical (palavras corretamente escritas, frases bem construídas) cooperaria bastante para dar uma agradável forma ao texto.
O vocabulário adequado (palavras bem escolhidas, cujo sentido seja apropriado à mensagem que se quer transmitir e ao público ao qual se destina) seria outro recurso que propiciaria uma forma interessante para o texto.
A pontuação apropriada, favorecendo a clareza, a “respiração” e a ênfase da mensagem, entraria como base sólida a sustentar a boa forma do texto.
A apresentação – ou estética da mensagem – logo nos chamaria a atenção ou não. Caso não chamasse, o texto estaria condenado a ser preterido. Assim como um bombom amassado…
A não ser, claro, que tivessem, o bombom e o texto, um recheio absolutamente irresistível, aquele conteúdo que ninguém esquece…
Assim passada a “prova” da forma – num átimo de segundo, porque basta uma primeira olhada num texto para se saber se está bem escrito (correto, adequado, bem pontuado…) – chega-se à sua parte mais substanciosa: o que ele (o texto) está querendo nos dizer.
E aí, pesam – para um conteúdo balanceado – aspectos como:
Coerência – pensamentos harmoniosamente encadeados, que correspondem ao objetivo da mensagem e à linha de raciocínio escolhida para expressá-lo.
Consistência – informações corretas, bem exploradas, coerentes em relação ao assunto abordado; argumentos bem desenvolvidos, justificados, convincentes, envolventes, persuasivos.
Chega? Já podemos “atacar” o bombom, ou melhor, o texto?
Não, porque ainda é preciso obter “liga” entre os elementos, assim como em um bombom. Antes de chegar ao recheio, sempre tem uma “casquinha”, um “venha por aqui” sutil, que só nossa língua (sentido literal) é capaz de perceber. No texto, isso equivale a:
Lógica, significando começo, meio e fim da mensagem bem definidos.
Objetividade, que leva o leitor agradavelmente do ponto inicial até o fim, sem rodeios desnecessários.
Clareza ou a delícia de passar ao leitor exatamente o que se quer expressar, sem ambiguidades.
Seguindo essa receita, o resultado é um bombom, ou melhor, um texto ao qual ninguém resiste. Que tal experimentar? Comente aqui seus resultados.
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